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De volta à barbárie e o desejo de ficar
É muito difícil descrever a sensação dessa manhã ao deixarmos a Aldeia Sagrada. Passamos dias em que percebemos que o mundo havia parado, estávamos, de fato, vivendo na civilização. Agora, de volta à barbárie? Provavelmente sim, tudo muito diferente da vida à qual estávamos acostumados. Deixamos o local em estado de torpor. Depois de um…
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Shumuã, a árvore que espanta os agressores da Floresta
Essa é a Grande Shumuã, idade estimada de 120 anos, da mesma família que a Samaúma, a grande mãe da Floresta. Pelos cálculos do cacique Nixiwaka, teria vivido 800 anos nessa terra dos Yawanawa. Chega-se à Shumuã percorrendo 3 km da Aldeia pela Trilha dos Antepassados – que existe igualmente há séculos, já foi parte da trilha dos indígenas…
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A Cura dos Povos da Floresta
DuáBussē Hunikiē é um pajé da etnia Hunikiē que veio para uma visita de três dias à Aldeia Sagrada. Como ele é profundo conhecedor das plantas da Floresta, o cacique Nixiwaka pediu para o pajé ficar um pouco mais e, assim, já se passaram quatro anos… Bussē (lê-se “Bussan”) mandou buscar as três filhas, o…
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Cerimônia do Uni, corpo e alma com o Sagrado
A cerimônia do Uni dos Yawanawa é uma das coisas mais bonitas de se ver no mundo, tomando ou não o Uni. Começa às 20h e costuma ir até 6h da manhã em um ritual que acontece no Shuhu, uma espécie de oca enorme construída com vigas de madeira, coberta por telhas, sapé e folhas de…
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O Cacique Nixiwaka completa 60 anos
O Shuhu amanheceu diferente, com uma nova decoração, muitas flores e fotos do cacique Nixiwaka, uma forma de a comunidade homenageá-lo pela data. Mukavani e Mukaxarrú, os filhos caçulas do cacique, interromperam a dieta no Terreiro do Muká, que faziam com a mãe, para prestigiar a festa do pai. Ainda assim, Nixiwaka estava “amuado”. “Qualquer evento, celebração…